sábado, 4 de Maio de 2024  03:17
PESQUISAR 
LÍNGUA  

Portal D'Aveiro

Inovasis Prescrição eletrónica (PEM), Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), Gestão de Clínicas Inovasis

Inovanet


RECEITA SUGESTÃO

Sapateira Recheada II

Sapateira Recheada II

Verta o vinagre em fio, na boca da sapateira e coza-a em água temperada com sal, a cebola e o louro por 15 a 20 ...
» ver mais receitas


NOTÍCIAS

imprimir resumo
23-12-2005

Milénio de progresso e de glória


Crónica da América - O Milénio que Passou

Neste ano sexto do terceiro milénio
Queria dizer o que foi o primeiro
Que na ampulheta do tempo se esvaiu
Como grão de areia sem destino.
Ele foi testemunha de mil progressos e aventuras
Fantásticas descobertas
Façanhas, guerras, mortes e desventuras.
Milénio, em que do homem o génio
Conquistou novas alturas.
Pisou na lua, entreviu o solo dos planetas
Ultrapassou o som
Conquistou a força do átomo
Codificou o Genoma e o DNA
Fez avanços impossíveis na Genética
Descobriu o computador, e na Ciência
Atingiu alturas nunca ultrapassadas.
Milénio de progresso e de glória
Como outro nunca houve em toda a História.
Milénio de desgraças
Guerras cruentas e holocaustos
Perseguições, sadismo?
Em toda a parte o génio floriu:
Na técnica, na ciência, na poesia e nas artes.
Fizeram-se guerras “santas”
Em nome do “Príncipe da Paz”
Pintado nos estandartes
Flutuando ao vento junto das fogueiras
Em nome de Deus.
Derramou-se o sangue dos inocentes.
Mataram-se milhões de crentes e não crentes...
O cardo do ódio envenenou
O hoje e o tempo que há-se vir.
Em Jerusalém, a raiva é tanta
Que a Cidade Santa está prestes a explodir.
Milénio de descobertas e conquistas
De civilização que ainda perdura.
Levou-se o Evangelho ao negro
E empenhou-se a honra
No negócio da escravatura.
Milénio de abnegação e bondade
De pureza de espírito e santidade
Do que é bom e perdura
No coração do homem
E torna divina a sua aventura, sobre a crosta retalhada
E de sangue regada do planeta.
Quando chegará a hora da profecia
Em que se juntam o humano e o universal?
Será este o milénio da destruição final?
Que o digam os sábios e eruditos
E os que falam com Deus todos os dias
E benzem com azeite das almotolias
Os que padecem as dores do mundo
E pagam em metal legal
As profecias?
No cômputo do tempo esta ansiedade persiste
Se saber que o futuro não chegou
E que o passado não mais existe.
Vivemos a hora da nossa hora.
A hora da eternidade.
Nós somos as dores do milénio.

Manuel Calado*
*Jornalista nos EUA


ACESSO

» Webmail
» Definir como página inicial

Publicidade

TEMPO EM AVEIRO


Inovanet
INOVAgest ®